Desvendando os Mistérios da Demência Precoce: Estudo Identifica 14 Fatores de Risco e Propõe Estratégias Preventivas

Um recente estudo realizado por pesquisadores de universidades europeias mergulhou no complexo panorama da demência de início precoce, analisando mais de 350 mil indivíduos com menos de 65 anos em todo o Reino Unido. Utilizando dados do renomado estudo britânico UK Biobank, os resultados foram minuciosamente revisados e publicados na revista JAMA Neurology, revelando insights cruciais sobre os fatores de risco e destacando novas estratégias de prevenção, com ênfase nas mudanças de estilo de vida.

O estudo adotou uma abordagem abrangente, explorando diversas possíveis causas para a condição neurológica, desde predisposições genéticas até influências do ambiente e estilo de vida. O modelo final revelou 14 condições fortemente associadas à demência de início precoce, desafiando a concepção anterior de que a genética seria a única protagonista nesse cenário complexo. Entre os fatores identificados estão baixo nível de escolaridade formal, baixo status socioeconômico, presença do alelo 2 da apolipoproteína ε4, transtornos por uso de álcool, isolamento social, deficiência de vitamina D, níveis elevados de proteína C-reativa, menor força de preensão manual, deficiência auditiva, hipotensão ortostática, acidente vascular cerebral (AVC), diabetes, doença cardíaca e depressão.

As implicações para a prevenção da demência são inovadoras, conforme destacado pelos autores do estudo. Pela primeira vez, os resultados indicam a viabilidade de reduzir o risco da demência precoce concentrando-se em mudanças de saúde e estilo de vida. O professor David Llewellyn, da Universidade de Exeter e coautor do estudo, expressou entusiasmo com essa perspectiva inédita, enfatizando que a pesquisa abre caminho para ações concretas visando mitigar essa condição debilitante.

Apesar de reconhecer que há muito a aprender sobre prevenção, identificação e tratamento de diversas formas de demência, os pesquisadores consideram esse estudo um avanço significativo em direção a uma compreensão mais ampla da doença. O coautor Sebastian Köhler destacou a surpresa ao constatar que os fatores de risco modificáveis, já conhecidos para demência em idade avançada, são igualmente evidentes na demência de início precoce, oferecendo novas oportunidades para a redução do risco nesse grupo específico. Em resumo, o estudo não apenas identifica os fatores de risco, mas propõe uma revolucionária abordagem preventiva focada em mudanças no estilo de vida.

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