A Polícia Civil do Espírito Santo efetuou a prisão do suspeito pelo brutal assassinato da enfermeira Íris Rocha de Souza, que estava grávida de oito meses. O corpo da vítima foi encontrado em uma estrada de Alfredo Chaves no último dia 11, com marcas de tiros e coberto de cal, por um policial militar de folga.
A identificação da vítima ocorreu quatro dias após o crime. Íris, que aguardava a chegada da filha Rebeca, deixa também um filho de oito anos de seu primeiro relacionamento. O suspeito foi detido pela Delegacia de Alfredo Chaves, em uma ação conjunta com diversas delegacias do estado, a Subsecretaria de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, e outras instituições.
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), elogiou a resposta rápida e eficiente das forças policiais, enfatizando o compromisso em combater rigorosamente qualquer crime. Uma entrevista coletiva sobre o caso será realizada ainda hoje para fornecer mais detalhes sobre a prisão.
A Polícia Civil descartou a participação do policial militar que encontrou o corpo no assassinato da jovem. A investigação revelou que não há indícios de envolvimento de nenhum servidor da Polícia Militar do Espírito Santo no crime.
A vítima, que residia em Jacaraípe, na cidade de Serra, a 120 km de onde o corpo foi encontrado, deixou familiares intrigados, pois não tinham conhecimento de sua presença na localidade. Íris havia registrado um boletim de ocorrência três meses antes, relatando um golpe de mata-leão desferido por seu ex-namorado policial militar durante uma discussão. Amigos afirmaram que nos últimos meses, a enfermeira vinha sendo perseguida por ele. A trágica história evidencia um relacionamento conturbado e marcado por conflitos.