A leucemia, um câncer que impacta a produção de células sanguíneas, afeta os tecidos responsáveis por essa função essencial. O processo resulta na diminuição da fabricação de glóbulos vermelhos, responsáveis pelo transporte de oxigênio, além de plaquetas e glóbulos brancos, células essenciais para a defesa do organismo. A doença, progressivamente, leva à proliferação descontrolada de células cancerígenas, substituindo gradualmente as células sanguíneas saudáveis.
Existem duas variações da leucemia, conforme explica Eduardo Flávio Ribeiro, um hematologista baseado em Brasília. A variação crônica pode ser controlada por meio de terapias prolongadas, enquanto a variação aguda, se não tratada, pode ser fatal, demandando intervenções mais intensivas. Abaixo, destacamos alguns dos sintomas que podem indicar a presença da leucemia:
1. Cansaço
2. Manchas roxas ou vermelhas pelo corpo
3. Fraqueza
4. Palidez
5. Anemia, resultante da falta de células sanguíneas saudáveis
6. Enfraquecimento do sistema imunológico
7. Pequenas hemorragias
8. Sangramento pelo nariz
9. Infecções nas vias aéreas
10. Inchaço na gengiva
11. Raramente, presença de sangue nas fezes e na urina
Apesar do hemograma ser um exame comum em check-ups anuais, geralmente não é capaz de detectar a leucemia devido à semelhança entre as células clonais e as células sanguíneas normais, gerando confusão nos resultados. O hematologista Ribeiro destaca que o clone inicial que desencadeia a doença pode passar despercebido em exames de rotina e hemogramas convencionais, manifestando-se completamente apenas após meses.
Ao identificar o tipo e subtipo da leucemia, juntamente com as necessidades específicas do paciente, o tratamento é escolhido de maneira personalizada. Em casos mais severos, a quimioterapia, radioterapia e transplante de células-tronco são frequentemente indicados. A detecção precoce e um tratamento adequado desempenham papéis cruciais na gestão dessa condição silenciosa e letal.