Tipos sanguíneos incompatíveis podem representar risco na gravidez, alertam especialistas

Muitas mulheres não têm consciência dos potenciais riscos que tipos sanguíneos incompatíveis podem acarretar durante a gravidez, alertam especialistas. A falta de conhecimento sobre essa questão pode levar a complicações sérias, principalmente para aquelas com sangue do tipo O, A, AB ou B negativo.

Quando uma mulher com Rh negativo engravida de um parceiro com Rh positivo, há o risco de o sistema imunológico da mãe rejeitar o feto, produzindo anticorpos que podem resultar em doenças graves e até mesmo em óbito fetal. Embora a primeira gestação geralmente não seja afetada, as chances de problemas aumentam significativamente em gestações subsequentes, chegando a 70% durante o parto.

Para prevenir essas complicações, é essencial que a gestante seja submetida ao exame Coombs indireto, que permite identificar a incompatibilidade sanguínea. Em casos suspeitos, o médico pode recomendar uma transfusão de sangue para o feto, mesmo durante a gestação, em situações mais graves.

Após o nascimento do primeiro filho, é necessário determinar o tipo sanguíneo do bebê para verificar se ele possui Rh positivo. Dependendo do resultado, a mãe pode precisar de uma vacina para prevenir a produção de anticorpos em gestações subsequentes, reduzindo significativamente o risco de complicações para o segundo filho.

Além da incompatibilidade do fator Rh, outro problema que afeta entre 10% e 15% dos casais é a isoimunização do sistema ABO. Essa condição ocorre quando a mãe possui sangue do tipo O e o pai tem sangue do tipo A, B ou AB. Embora menos agressiva, essa incompatibilidade também pode causar complicações, como anemia leve e icterícia no recém-nascido.

Portanto, o acompanhamento médico adequado e o conhecimento sobre os tipos sanguíneos dos pais são fundamentais para garantir uma gravidez saudável e segura.

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