Detectar o câncer de ovário precocemente é crucial para aumentar as chances de recuperação, uma vez que essa doença afeta milhares de mulheres todos os anos no Brasil. No entanto, muitas vezes, o diagnóstico acontece em estágios avançados, o que diminui consideravelmente as perspectivas de tratamento bem-sucedido, conforme alertado pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) e pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
Segundo a médica britânica Stephanie Ooi, da clínica MyHealthcare no Reino Unido, o primeiro sinal de câncer de ovário a ser observado é a dispareunia, ou seja, dores durante as relações sexuais. Este sintoma deve ser cuidadosamente monitorado pelas mulheres, pois pode indicar a necessidade de um diagnóstico precoce.
Além da dispareunia, existem outros sinais que podem sugerir a presença do câncer de ovário. Alterações repentinas de peso, sensação de inchaço como se tivesse consumido grandes quantidades de comida, dores abdominais e nas costas são indicadores importantes da doença, conforme explicado por Stephanie Ooi.
Fatores como endometriose, nuliparidade, obesidade e histórico familiar estão associados ao risco de desenvolver câncer de ovário. Por isso, é fundamental manter consultas regulares com o ginecologista e realizar exames preventivos, como o papanicolau, para aumentar as chances de detecção precoce e, consequentemente, de tratamento bem-sucedido. A conscientização sobre esses sinais e sintomas pode salvar vidas, permitindo um diagnóstico precoce e um tratamento eficaz do câncer de ovário.