MorteA morte da dona de casa Marlúcia Machado na última quarta-feira (10/07) causou grande consternação em sua família. Marlúcia foi liberada do hospital pouco antes de sofrer um infarto, após ter sido diagnosticada com uma crise de ansiedade.
Marlúcia procurou atendimento no Hospital Regional Leste (HRL) por estar passando mal, mas recebeu uma pulseira verde na classificação de risco. Devido à unidade estar com bandeira vermelha, indicando superlotação, ela não foi atendida de imediato.
A família então deixou o hospital, mas Marlúcia começou a passar mal novamente durante o trajeto para casa. A família tentou retornar ao hospital às pressas, mas não houve tempo suficiente para salvá-la.
“Ela estava com dores muito fortes no peito, suando frio… Ela passou só pela triagem, entregaram uma pulseira verde e disseram que só atenderiam quem estivesse com a da cor vermelha [casos de urgência e emergência],” relatou a filha de Marlúcia, Kamilla Sousa, ao Metrópoles.
Kamilla, de 23 anos, lamentou profundamente o atendimento recebido pela mãe. Ela foi a responsável por comunicar aos cinco irmãos sobre a morte de Marlúcia. Kamilla estava acompanhando a mãe no hospital naquele dia.
Em entrevista, Kamilla descreveu sua mãe como uma mulher dedicada à família, que adorava reunir todos para almoços. “Tudo que ela podia fazer pela gente, ela fazia,” contou a jovem, emocionada.
Em nota, a Secretaria de Saúde afirmou que Marlúcia foi socorrida ao retornar ao hospital, mas não resistiu. A nota também destacou que, no primeiro atendimento, a mulher não apresentava alterações nos sinais vitais.
A trágica morte de Marlúcia Machado levanta questões sobre a eficiência e a capacidade de atendimento do sistema de saúde, especialmente em situações de superlotação. A família, devastada, questiona se o desfecho poderia ter sido diferente se Marlúcia tivesse recebido um atendimento mais imediato e adequado.