As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil, com mais de mil óbitos diários, segundo o Ministério da Saúde. O infarto do miocárdio, uma das formas mais comuns de problema cardíaco, afeta centenas de milhares de pessoas a cada ano no país. No entanto, antes de ocorrer um infarto, o corpo pode enviar sinais de alerta que, quando reconhecidos, podem salvar vidas.
Muitas vezes, os sintomas de um infarto não se limitam a dor no peito e podem aparecer de forma discreta, dias, semanas ou até meses antes do evento. Reconhecer esses sinais é crucial para procurar ajuda médica a tempo e evitar complicações graves.
Principais sintomas de alerta de um possível infarto
- Dor no peito: A dor torácica é o sintoma mais comum associado a um infarto, mas é importante observar sua intensidade e duração. Ela pode irradiar para outras áreas, como mandíbula, pescoço, costas e principalmente para o braço esquerdo. Muitas vezes, a dor é descrita como uma pressão ou peso no peito.
- Desconforto no pescoço e mandíbula: A dor no peito pode ser acompanhada por desconforto em outras regiões do corpo, como a mandíbula e o pescoço. Esses sinais podem ser indicadores de que algo não está bem com o coração e não devem ser ignorados.
- Náuseas e vômitos: Embora menos falados, esses sintomas também podem estar associados ao infarto, especialmente em mulheres. As náuseas e vômitos, muitas vezes sem causa aparente, podem durar cerca de 30 minutos e devem ser investigados se ocorrerem junto com outros sinais de alerta.
- Falta de ar e fadiga excessiva: A dificuldade para respirar e a sensação de cansaço extremo podem ser sinais de que o coração está tendo dificuldades para bombear sangue adequadamente, sinalizando um possível problema cardiovascular.
- Suor frio e sensação de desmaio: A transpiração excessiva, geralmente associada a uma sensação de desmaio iminente, também pode ser um sintoma precoce de um infarto. Quando o corpo entra em um estado de estresse físico extremo, a pressão arterial pode cair, levando a esses sintomas.
É fundamental compreender que esses sintomas podem não ocorrer de forma simultânea, e a intensidade deles pode variar. Pacientes com fatores de risco como hipertensão, diabetes, tabagismo ou histórico familiar de doenças cardíacas devem estar especialmente atentos a esses sinais.
Caso você ou alguém ao seu redor apresente qualquer um desses sintomas, é imprescindível procurar ajuda médica imediatamente. O diagnóstico precoce e a intervenção rápida podem fazer toda a diferença, aumentando significativamente as chances de sobrevivência e de recuperação.