A questão sobre se os antibióticos podem cortar o efeito do anticoncepcional ainda é motivo de debate entre profissionais de saúde. No entanto, é importante estar ciente dos potenciais riscos de falha contraceptiva.
Embora muitas mulheres tenham ouvido a orientação de que o uso de antibióticos pode interferir na eficácia da pílula anticoncepcional, alguns especialistas afirmam que apenas a rifampicina, comumente utilizada no tratamento da tuberculose, tem essa capacidade. No entanto, há teorias que sugerem que outros antibióticos, como a amoxicilina e a azitromicina, também podem afetar o anticoncepcional.
A justificativa por trás dessas teorias é que a amoxicilina e a azitromicina podem diminuir os níveis de estrogênio no organismo, um componente crucial para evitar a gravidez, uma vez que os contraceptivos orais combinados contêm tanto progesterona quanto estrogênio.
A ginecologista Lilian Fiorelli explica que a redução do estrogênio pode levar à ovulação, aumentando o risco de gravidez. Além disso, a combinação de antibióticos e anticoncepcionais pode causar sangramento fora do período menstrual esperado.
A médica alerta para a possibilidade de falha do anticoncepcional, embora não haja garantia de que seja devido ao uso de antibióticos. Por precaução, sempre que prescreve antibióticos como amoxicilina e azitromicina, ela recomenda o uso de preservativos por pelo menos 30 dias após o término do tratamento antibiótico.
É fundamental que as mulheres estejam bem informadas sobre essas possíveis interações medicamentosas e discutam quaisquer preocupações com seus médicos para garantir a eficácia contínua de seus métodos contraceptivos.