Câncer de pulmão também afeta não fumantes: conheça os principais sintomas e fatores de risco

O câncer de pulmão é frequentemente associado ao tabagismo, responsável por mais de 70% dos casos diagnosticados. No entanto, especialistas alertam que a doença também pode atingir pessoas que nunca fumaram, e nesses casos o tipo de tumor costuma ter características diferentes, exigindo atenção especial.

Segundo oncologistas da Yale Medicine, o câncer de pulmão em não fumantes apresenta mutações moleculares específicas, que podem ser detectadas no tumor e permitir o uso de terapias direcionadas. O adenocarcinoma é o tipo mais comum nesse grupo. Ele tende a crescer nas regiões externas do pulmão e evolui de forma mais lenta, mas muitas vezes é descoberto apenas em estágios avançados, já que os sintomas iniciais são sutis.

Sintomas que merecem investigação

Embora a presença de um ou mais sinais não confirme, por si só, a doença, alguns sintomas devem servir de alerta para quem nunca fumou:

  • Tosse persistente;

  • Tosse com sangue;

  • Dor ou desconforto no peito;

  • Falta de ar ou chiado;

  • Rouquidão;

  • Perda de apetite;

  • Emagrecimento sem explicação;

  • Fadiga constante;

  • Dificuldade para engolir;

  • Inchaço no rosto ou pescoço;

  • Infecções pulmonares recorrentes, como pneumonia.

A presença desses sintomas reforça a importância de procurar avaliação médica, já que o diagnóstico precoce aumenta as chances de sucesso no tratamento.

Principais fatores de risco em não fumantes

Entre os elementos que podem contribuir para o desenvolvimento do câncer de pulmão em pessoas que nunca fumaram estão:

  • Exposição ao fumo passivo;

  • Idade avançada, principalmente acima dos 75 anos;

  • Contato prolongado com substâncias como amianto, metais pesados e gases de combustão;

  • Exposição ao gás radônio, que pode se acumular em ambientes fechados;

  • Poluição atmosférica e qualidade do ar comprometida.

Importância da conscientização

Os programas de triagem para câncer de pulmão geralmente priorizam fumantes e ex-fumantes. No entanto, especialistas ressaltam que não fumantes também devem estar atentos aos sintomas e fatores de risco. A conscientização é essencial para ampliar as chances de diagnóstico precoce e, consequentemente, aumentar a eficácia do tratamento.

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