Câncer de Tireoide: Diagnóstico, Tratamento e Perspectivas de Esperança

O tumor maligno na glândula tireoide é caracterizado pelo crescimento desordenado de células anormais, formando comumente um nódulo tiroidiano. Localizada na região anterior do pescoço, essa glândula desempenha a função crucial de produzir e liberar hormônios como tiroxina (T4), triiodotironina (T3) e calcitonina.

O câncer de tireoide pode se disseminar para outros órgãos, principalmente gânglios cervicais e, menos frequentemente, órgãos distantes, processo conhecido como metástase. Existem quatro tipos principais de câncer de tireoide: papilífero, folicular, medular e anaplásico, sendo o papilífero responsável por 80% dos casos.

A detecção precoce e o tratamento imediato aumentam significativamente as chances de cura, especialmente nos casos de carcinoma papilífero e folicular, tratados com cirurgia e, se necessário, iodo radiativo. O carcinoma medular, originado de células C da tireoide, não é tratado com iodo radiativo.

O carcinoma papilífero, além de ser o mais comum, geralmente apresenta uma localização mais específica e melhores perspectivas de cura. Por outro lado, os carcinomas foliculares e medulares, quando mais agressivos, podem atingir órgãos distantes, como pulmões, fígado e ossos. O carcinoma anaplásico, embora raro, é altamente agressivo e afeta principalmente pessoas acima de 65 anos.

CAUSAS E SINTOMAS
O câncer de tireoide, em geral, possui uma evolução lenta e taxas de cura próximas a 100% quando diagnosticado precocemente. Acomete mais mulheres do que homens, em uma proporção de três para um, e sua incidência tem aumentado ao longo do tempo, possivelmente devido ao aumento na realização de ultrassonografias de tireoide em exames de rotina.

EXAMES E DIAGNÓSTICOS
O diagnóstico geralmente ocorre pela detecção de um nódulo tireoidiano durante exames de rotina. A avaliação inclui dosagem de hormônios tireoidianos, ultrassonografia para detalhes da tireoide e características do nódulo, e, se necessário, uma punção aspirativa com agulha fina para determinar a natureza benigna ou maligna do nódulo.

TRATAMENTOS E PREVENÇÕES
O tratamento varia de acordo com o tipo, tamanho e estágio do tumor, idade e estado de saúde da pessoa. Na maioria dos casos, envolve a tiroidectomia total, seguida, em casos de carcinomas papilíferos e foliculares, pelo tratamento com iodo radiativo. Após os tratamentos, inicia-se a terapia com hormônio tireoidiano para reposição e prevenção de recidivas.

A monitorização periódica, incluindo avaliação clínica, exames de imagem e marcadores tumorais, é crucial para pacientes com histórico de câncer de tireoide. A herança genética e a exposição à radiação são fatores de risco, justificando visitas regulares ao endocrinologista. Achados anormais no pescoço devem ser prontamente esclarecidos, pois o diagnóstico precoce é fundamental para maiores chances de cura.

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