A situação crítica persiste em todo o estado do Rio Grande do Sul, com a Defesa Civil emitindo um alerta urgente para a evacuação imediata de algumas cidades. A mudança significativa na direção dos ventos agravou ainda mais a situação já precária causada pelas fortes chuvas que assolaram praticamente todo o estado.
Milhares de residentes foram forçados a deixar suas residências devido ao risco iminente de desabamentos e danos irreparáveis às propriedades. Famílias inteiras se viram obrigadas a buscar abrigo em locais seguros, com um horizonte incerto diante dos temporais incessantes.
São Lourenço do Sul, Pelotas e Rio Grande foram algumas das cidades alertadas pela Defesa Civil para uma evacuação imediata, diante dos perigos iminentes. Os números alarmantes revelam a extensão da tragédia: 116 mortes confirmadas, 143 pessoas desaparecidas e 756 feridas.
Enquanto isso, a Fundação Estadual de Proteção Animal (Fepam) e a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) mobilizaram equipes para o resgate dos animais deixados para trás. Veículos e barcos estão sendo utilizados para alcançar áreas inundadas e salvar os animais encurralados.
“Maurício Sangiogo, servidor da Fepam, explicou: ‘As equipes estão saindo para fazer os resgates. Estamos indo de camionetes altas; onde não dá, vamos de barcos. Em pouco tempo que estive ali, tivemos vários relatos. Há pelo menos 20 cachorros e gatos para resgatar’.”
De acordo com o boletim da Defesa Civil, quase dois milhões de pessoas foram afetadas pelas chuvas em 437 municípios do Rio Grande do Sul. Dessas, 337 mil estão desalojadas e cerca de 70 mil encontram-se em abrigos públicos, destacando a magnitude da crise humanitária que assola o estado.