O Vaticano confirmou nesta segunda-feira, 21 de abril, a morte do Papa Francisco, aos 88 anos, em decorrência de pneumonia bilateral. O pontífice, primeiro latino-americano a liderar a Igreja Católica, vinha enfrentando uma série de complicações respiratórias, agravadas por seu histórico de saúde delicado.
A infecção nos pulmões, diagnosticada no final de 2024, teve raízes profundas em sua juventude. Aos 21 anos, Jorge Mario Bergoglio teve parte do pulmão removido após um pleurisma, condição que o acompanhou ao longo da vida. Desde 2022, o Papa vinha sendo internado com frequência por infecções respiratórias cada vez mais severas.
Em fevereiro de 2024, foi hospitalizado em Roma com uma infecção polimicrobiana nos pulmões. Poucos dias depois, o quadro evoluiu para pneumonia bilateral, com acúmulo de muco e sérias dificuldades respiratórias. O estado de saúde se agravou rapidamente, levando a crises de asma, queda nas plaquetas, anemia e, posteriormente, uma leve insuficiência renal.
No fim do mês, um broncoespasmo causou falta de ar intensa, culminando em um episódio crítico no qual o Papa aspirou parte do próprio vômito. Ele precisou passar por um procedimento de broncoaspiração e foi submetido à ventilação mecânica. Apesar de ter apresentado breve melhora e recebido alta, seguiu com o tratamento domiciliar.
Sua última aparição pública ocorreu no Domingo de Páscoa, 20 de abril, quando acenou aos fiéis na Praça São Pedro, visivelmente debilitado. Na manhã de sua morte, ainda recebeu o vice-presidente dos Estados Unidos, J. D. Vance, sem auxílio de equipamentos respiratórios.
Francisco foi um líder carismático, reconhecido por sua postura reformista, defesa dos pobres e promoção do diálogo inter-religioso. Sua morte gerou grande comoção entre os fiéis, com vigílias sendo realizadas em diversos países e manifestações de pesar por parte de líderes mundiais.
O Vaticano já organiza os ritos fúnebres, que seguirão a tradição com o sepultamento nas Grutas Vaticanas. Enquanto isso, os cardeais iniciam os preparativos para o conclave que escolherá o novo pontífice.