As despesas com o tratamento de Larissa Moraes de Carvalho, estudante de medicina em estado vegetativo, já somam mais de R$ 270 mil. Larissa, de 31 anos, entrou nesse estado após sofrer uma parada cardiorrespiratória em março de 2023, após uma cirurgia ortognática na Santa Casa de Misericórdia, em Juiz de Fora (MG).
A cirurgia ortognática, destinada a corrigir alterações no maxilar e na mandíbula, era recomendada para Larissa desde a infância. Após um ano de internação, ela foi transferida para casa há cerca de um mês, onde necessita de cuidadores especializados, terapeutas, além de despesas com medicamentos e outros itens.
A família de Larissa busca suporte financeiro da prefeitura de Juiz de Fora, parte obtida por meio de liminar judicial, e também por meio de campanhas de arrecadação. No entanto, o advogado da família, Fábio Guimarães Timponi, destaca o impacto devastador do ocorrido sobre a família, em termos financeiros, emocionais e psicológicos.
A investigação sobre o caso está em andamento, com a família acusando a Santa Casa de Misericórdia de várias falhas no atendimento à paciente. Erros foram apontados por perícias particulares, incluindo negligência na descrição cirúrgica, preenchimento inadequado de documentos e falhas durante a parada cardiorrespiratória e o manejo pós-evento.
A Polícia Civil de Minas Gerais está investigando o caso após a abertura de inquérito pelo Ministério Público. A Santa Casa de Misericórdia se manifestou solidária à família, mas afirmou que só se pronunciará sobre o caso à Justiça.