A Polícia Civil de Goiás (PCGO) prendeu, na quarta-feira (29/5), uma mulher acusada de cárcere privado, maus-tratos e apropriação de rendimento de um idoso de 74 anos. O incidente ocorreu em Águas Lindas de Goiás, região do Entorno do Distrito Federal.
Segundo a corporação, a vítima acionou a polícia por meio de uma carta pedindo socorro e solicitando que a mulher fosse investigada pelos abusos que vinha sofrendo. A PCGO não divulgou como o idoso conseguiu entregar a carta, visto que a criminosa o mantinha preso e isolado.
Quando os agentes chegaram ao local indicado pela vítima, confirmaram os crimes. O homem vivia em condições deploráveis, num barraco de latão e madeira, sem banheiro adequado ou chuveiro. Ele fazia suas necessidades fisiológicas em um buraco cavado a quatro metros de onde dormia e se banhava em uma torneira de 50 centímetros de altura.
Durante o período em que manteve o idoso em cativeiro, a mulher se apropriou do Benefício de Prestação Continuada dele e ainda contratou empréstimos consignados em seu nome.
“Durante a investigação, a suspeita parou de responder aos contatos policiais, mudou de endereço sem comunicar o novo paradeiro e solicitou a transferência escolar de sua filha, informando que deixariam o Brasil para o exterior”, relatou a PCGO.
Diante dessas circunstâncias, a Polícia Civil solicitou a prisão preventiva da suspeita. Após a Justiça deferir o pedido, os agentes descobriram que ela havia se mudado para Santa Terezinha de Goiás, a 320 quilômetros de Águas Lindas, tentando escapar da aplicação da lei.
O mandado de prisão preventiva foi cumprido pela equipe da 1ª Delegacia de Polícia de Águas Lindas, que prendeu a mulher em Santa Terezinha de Goiás. A acusada foi conduzida ao sistema prisional e colocada à disposição do Poder Judiciário, onde responderá pelos crimes cometidos.
Este caso destaca a importância da atuação policial e a coragem da vítima, que conseguiu pedir ajuda apesar das condições adversas em que se encontrava. A investigação segue para garantir que a justiça seja feita e que casos similares sejam evitados.