Pular para o conteúdo
A cantora Luísa Sonza abordou um caso de racismo pelo qual foi acusada em 2018, quando solicitou que uma mulher negra lhe servisse um copo de água. Durante uma conversa no canal do YouTube da drag queen Bianca DellaFancy, Sonza admitiu sua atitude racista ao afirmar: “Tive que estudar e entender até aceitar que realmente cometi um ato racista.”
Enquanto estava sendo maquiada, a cantora explicou que precisou se aprofundar nos estudos e aprender sobre o racismo. Ela mencionou que leu livros do ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, e também citou a filósofa Djamila Ribeiro: “Trata-se de um racismo estrutural, mas somos nós que construímos essa estrutura. Foi muito difícil para mim entender, já que sou uma pessoa branca e não vivenciei isso pessoalmente. Foi necessário um estudo aprofundado, muita leitura e dedicação.”
Luisa e a vítima, Isabel Macedo de Jesus, chegaram a um acordo na justiça que foi finalizado este ano. Relembrando o caso, Luisa admitiu ter pedido a uma mulher negra que lhe servisse um copo de água: “Claro que não foi intencional. No entanto, esse tipo de erro acontece diariamente. Eu pedi um copo d’água a uma mulher negra. Foi um processo longo e complexo que não aconteceu da noite para o dia. Gostaria de ter aprendido isso mais cedo. Só de ler o ‘Manual Antirracista’ de Djamila Ribeiro… Não é um assunto fácil de ser discutido porque é um tema tabu… Tive que estudar e entender até aceitar que realmente cometi um ato racista.”
Ela também compartilhou que conversou com outras pessoas negras que a ajudaram a compreender que sua ação foi racista: “Foi difícil no começo porque sou branca e não vivencio isso pessoalmente. Tive muitas conversas com a Tia Má e com Preto Zezé”, enfatizou.