A dor das famílias das vítimas do trágico acidente aéreo da Voepass em Vinhedo, São Paulo, é intensificada pela longa espera para sepultar seus entes queridos. A liberação dos corpos, que exige procedimentos rigorosos de identificação, tem sido lenta, deixando as famílias em um estado de angústia e incerteza.
O Instituto Médico Legal (IML) informou nesta segunda-feira, 12 de agosto, que as 62 vítimas do acidente morreram devido a politraumatismos, causados pelo impacto violento da aeronave ao colidir com o solo após despencar de uma altura de 4.000 metros.
Muitas famílias têm se perguntado se as vítimas sofreram durante a queda. Em entrevista, o médico legista Dr. Antonio Nunes afirmou que é muito provável que todos os passageiros e pilotos tenham desmaiado antes da colisão, devido à rápida despressurização e à perda de oxigênio, o que teria reduzido ou até eliminado o sofrimento durante os momentos finais.
O diretor do IML, Vladimir Alves dos Reis, esclareceu que, embora algumas vítimas tenham sofrido queimaduras, essas lesões foram secundárias e não foram a causa da morte. O processo de identificação das vítimas está sendo realizado principalmente através de impressões digitais e análises de arcadas dentárias. No entanto, nem todos os corpos foram identificados até o momento, prolongando ainda mais o sofrimento das famílias.
O trabalho do IML tem sido incansável, com o objetivo de garantir que cada vítima seja identificada corretamente antes de liberar os corpos para os familiares. Essa espera prolongada tem sido uma fonte adicional de dor para as famílias, que desejam realizar os sepultamentos e iniciar o processo de luto.
Enquanto as investigações sobre a causa do acidente continuam, as famílias das vítimas enfrentam um luto ainda mais profundo, agravado pela incerteza e pela dolorosa espera. A tragédia em Vinhedo deixou marcas indeléveis em todos os envolvidos, e o país acompanha com atenção cada novo desdobramento do caso.