A trágica morte do cantor sertanejo João Carreiro, aos 41 anos, após um procedimento cirúrgico no Hospital do Coração em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, deixou o diretor do hospital, Jandir Gomes, espantado. Em uma coletiva de imprensa, ele revelou que óbitos em cirurgias cardíacas, como a que o músico foi submetido, são considerados raros nos dias de hoje, representando apenas cerca de 3% dos casos.
O diretor classificou a morte de João Carreiro como uma “fatalidade”, expressando pesar pelo fato de o cantor ter se tornado parte dessa estatística preocupante. O procedimento visava adicionar uma válvula ao coração do artista, mas complicações surgiram, resultando em sua perda precoce.
O médico explicou que o óbito de João Carreiro foi decorrente de uma combinação de fatores, sendo diagnosticado com prolapso da válvula mitral (PVM), um afrouxamento na válvula do coração. Além disso, o cantor enfrentou um quadro de febre reumática antes de falecer.
Gomes ressaltou que o problema cardíaco de João Carreiro poderia existir desde a infância, evoluindo ao longo da vida. O órgão do cantor não era considerado normal, apresentando uma dilatação fora dos padrões saudáveis. Essa revelação lança luz sobre a complexidade da saúde cardíaca e a necessidade de uma atenção minuciosa, mesmo em casos de aparente boa saúde.
A morte do renomado cantor sertanejo destaca a importância da conscientização sobre as complicações em procedimentos cardíacos e ressalta a necessidade de uma abordagem cautelosa, mesmo em cirurgias consideradas comuns nos dias de hoje.