Além do histórico familiar de câncer de mama, outro fator de risco importante, porém menos discutido, são as mamas densas. Este tipo de tecido mamário não apenas eleva a probabilidade de desenvolver a doença, como também pode dificultar o diagnóstico precoce por mamografia.
O que são mamas densas?
Mamas densas têm maior quantidade de tecido glandular e menor quantidade de gordura. Esse tecido denso torna os seios mais firmes ao toque e pode ser identificado nas mamografias, onde ele aparece em branco. Quando comparado a seios com mais gordura, o risco de câncer de mama em mulheres com mamas densas é até quatro vezes maior.
Por que mamas densas aumentam o risco de câncer?
O aumento do tecido fibroglandular nas mamas implica uma maior quantidade de células mamárias, o que eleva as chances de mutações cancerígenas. Além disso, o tecido denso pode mascarar a presença de tumores, dificultando sua visualização em exames de imagem, como a mamografia, já que ambos – o tumor e o tecido denso – aparecem da mesma forma nas imagens.
Como identificar e reduzir os riscos?
Embora a mamografia continue sendo o principal exame de rastreamento, mulheres com mamas densas podem precisar de exames complementares, como ultrassonografia ou tomossíntese, para uma avaliação mais precisa.
Além dos exames, é importante estar atenta a sinais como:
🔹 Nódulos
🔹 Vermelhidão ou alterações na pele
🔹 Inversão do mamilo
🔹 Secreção anormal
🔹 Inchaço anormal
Adotar um estilo de vida saudável também pode contribuir significativamente para a redução do risco de câncer de mama. Segundo o Ministério da Saúde, manter hábitos como evitar o tabagismo, controlar o peso e praticar atividades físicas pode diminuir o risco da doença em até 28%.
Identificar a densidade das mamas e seguir orientações médicas pode ser um passo importante para a prevenção e o diagnóstico precoce.