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“Prisão de Ossos”: Mulher Vive Quase Três Décadas Imobilizada por Doença Rara

Martinha Brito, de 45 anos, moradora de Viçosa, no Ceará, enfrenta há quase três décadas os desafios de uma doença genética rara que transforma seus músculos em ossos. A fibrodisplasia ossificante progressiva (FOP) restringe severamente seus movimentos, impedindo-a de se sentar ou realizar tarefas básicas. “Me sinto presa em meu próprio corpo, em uma prisão feita de ossos”, desabafa Martinha, que vive assim desde os 16 anos.

A FOP é uma condição extremamente rara, afetando cerca de uma pessoa a cada 2 milhões. Segundo a ONG FOP Brasil, aproximadamente 130 pessoas no país têm essa doença. A FOP causa a formação de ossos dentro dos músculos, ligamentos e outros tecidos, o que progressivamente limita a mobilidade e pode comprometer órgãos vitais. Martinha conta que não pode ficar de pé sem apoio, não movimenta o pescoço, braços ou joelhos, e precisa de uma cama especial para dormir.

A doença começou a se manifestar em Martinha aos seis anos, após receber uma vacina que inflamou a musculatura de seu braço, iniciando o processo de ossificação. Desde então, ela passou a vivenciar ciclos nos quais novos ossos se formavam, causando inchaço, vermelhidão e, por fim, rigidez nas áreas afetadas.

O diagnóstico correto de FOP só veio aos 32 anos, após anos de diagnósticos equivocados, quando foi identificada a formação de ossos extras em seu tórax durante uma crise respiratória. Infelizmente, não há cura ou tratamento eficaz para a FOP. O foco dos cuidados é evitar gatilhos como quedas ou injeções, que podem acelerar a formação de ossos.

Apesar das limitações, Martinha se adaptou com o uso de tecnologias e doações que a ajudaram a adquirir uma cadeira de rodas motorizada e uma cama especial. Recentemente, ela começou a compartilhar sua rotina on-line, conscientizando sobre a FOP. “Me tornei uma representante da condição. Quero que as pessoas entendam a doença e combatam o preconceito”, afirma Martinha, que já enfrentou insultos e comentários cruéis, mas também encontrou apoio e solidariedade.

“É bom poder ajudar e ensinar mais sobre a FOP”, conclui.

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