O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma condição grave que ocorre quando o fluxo sanguíneo para uma parte do cérebro é interrompido. Isso pode acontecer devido a um coágulo bloqueando uma artéria (AVC isquêmico) ou ao rompimento de um vaso sanguíneo (AVC hemorrágico). Embora muitas vezes seja tratado como um evento súbito e inesperado, o corpo pode emitir sinais de alerta dias antes do derrame, permitindo uma oportunidade valiosa para buscar atendimento médico e evitar complicações mais graves.
Sintomas Precursores de um AVC
Um estudo publicado na revista Neurology revelou que cerca de 23% dos pacientes que sofreram um AVC isquêmico apresentaram sintomas de um Ataque Isquêmico Transitório (AIT), também chamado de miniAVC, até uma semana antes do evento principal. O AIT ocorre quando há uma breve interrupção no fluxo sanguíneo para o cérebro, causando sintomas temporários, mas que devem ser levados a sério.
Um dos sintomas mais comuns relatados pelos pacientes foi a vertigem, caracterizada pela sensação de tontura ou desequilíbrio, muitas vezes sem uma causa aparente. Além disso, outros sinais podem surgir, como:
- Dor de cabeça intensa e repentina, sem explicação aparente;
- Dormência ou formigamento em um dos lados do corpo, especialmente no rosto, braços ou pernas;
- Dificuldade para falar ou entender o que os outros dizem;
- Visão turva ou perda temporária da visão em um ou ambos os olhos;
- Fraqueza nos membros, tornando difícil segurar objetos ou caminhar normalmente.
Embora esses sintomas possam desaparecer rapidamente, eles são um aviso importante de que o risco de um AVC completo está aumentado. Buscar atendimento médico imediato pode evitar danos cerebrais permanentes.
Principais Fatores de Risco
Diversos fatores contribuem para o risco de um AVC, incluindo condições médicas e hábitos de vida. Entre os principais estão:
- Hipertensão arterial – O fator de risco mais comum, pois enfraquece os vasos sanguíneos ao longo do tempo;
- Diabetes tipo 2 – A glicose elevada pode danificar os vasos e favorecer a formação de coágulos;
- Colesterol alto – O acúmulo de placas nas artérias pode levar a obstruções;
- Obesidade e sobrepeso – Aumentam a pressão arterial e favorecem inflamações;
- Tabagismo – Fumar prejudica a circulação sanguínea e reduz os níveis de oxigênio no sangue;
- Consumo excessivo de álcool – Pode elevar a pressão arterial e causar arritmias cardíacas;
- Sedentarismo – A falta de atividade física contribui para diversos problemas cardiovasculares;
- Uso de drogas ilícitas – Substâncias como cocaína e anfetaminas podem causar picos de pressão e danos aos vasos cerebrais;
- Histórico familiar – Pessoas com parentes que já sofreram AVC têm maior risco;
- Idade avançada – Embora o AVC possa ocorrer em qualquer idade, o risco aumenta significativamente após os 55 anos.
Conhecer esses fatores de risco e ficar atento aos sinais precursores pode ser fundamental para agir a tempo e evitar consequências mais graves.