Bruno Eustáquio Vieira, acusado de assassinar sua própria mãe, foi preso pela Polícia Militar de Minas Gerais nesta segunda-feira (8/7). O crime ocorreu em 2020 no Guarujá, São Paulo.
Márcia Lanzane, de 44 anos, foi morta em dezembro de 2020. Sua irmã, Mariusa de Quadra, comemorou a prisão do sobrinho nas redes sociais. “Sua hora chegou, desgraçado. Falei que íamos te pegar”, escreveu Mariusa.
Câmeras de segurança da casa onde Bruno morava com a mãe capturaram o momento do crime. As imagens mostram uma luta entre os dois, que culmina com Bruno esganando Márcia. Ele checa os batimentos cardíacos dela e depois volta para assistir à televisão.
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) decretou a prisão de Bruno por homicídio doloso (com intenção de matar) em junho de 2021. Desde então, ele estava foragido. Márcia morreu no dia do aniversário de sua irmã, que declarou: “O presente que você me deu no dia do meu aniversário estou te devolvendo hoje como presente adiantado.”
Motivo: Herança
De acordo com o Ministério Público, Bruno matou a mãe por interesse na herança que ela deixaria. Testemunhas disseram que o jovem passou a frequentar festas e restaurantes caros com amigos de alto poder aquisitivo. As constantes brigas entre mãe e filho eram motivadas pelas dificuldades de Márcia em sustentar os gastos do filho.
“Insatisfeito por não ver seus anseios materiais atendidos, o denunciado decidiu matar a vítima para herdar todo o patrimônio dela e obter valores de seguros”, declarou o MP após investigação da Polícia Civil.
Testemunhos e Contradições
Inicialmente, Bruno afirmou à polícia que a mãe havia sofrido um acidente e que a encontrou morta em seu quarto. No entanto, as imagens de monitoramento, encontradas no forno do fogão da casa, contaram outra história. Em um segundo depoimento, Bruno alegou que a morte foi acidental, ocorrendo durante uma discussão quando ele a empurrou, e ela bateu a cabeça. Contudo, o laudo pericial indicou morte por asfixia mecânica.
As imagens mostram que, após sufocar a mãe, Bruno foi assistir à televisão. “O crime foi premeditado, com o denunciado demonstrando extrema frieza ao matar a mãe, passar a noite com o cadáver e encenar a descoberta da morte”, declarou o Ministério Público.
Defesa do Acusado
O advogado de Bruno, Anderson Real, nega as acusações do MP. Ele argumenta que não há evidências de que Bruno desejava o valor do seguro, já que o único bem da mãe era a casa e um carro. Real pretende revogar o pedido de prisão e afirma que, caso não consiga, Bruno considera se entregar à polícia.