O mês de maio é marcado pelo esforço internacional de combate à cefaleia, condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, com destaque para o Brasil, onde cerca de 30 milhões de indivíduos enfrentam a enxaqueca. A Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCE) lidera a iniciativa, ressaltando a importância do diagnóstico precoce e do tratamento preventivo para evitar que a enxaqueca se torne crônica.
A neurologista Tatiane Barros, membro da Academia Brasileira de Neurologia e da SBCE, destaca que a enxaqueca é mais do que uma simples dor de cabeça, caracterizando-se por sintomas como náuseas, sensibilidade à luz e ao som, e pode ser debilitante quando não tratada adequadamente. O diagnóstico de enxaqueca crônica é estabelecido quando o paciente tem três ou mais episódios de dor de cabeça por mês, ao longo de três meses.
O tratamento preventivo desempenha um papel crucial na gestão da enxaqueca, especialmente para evitar sua cronicidade. Este tratamento pode envolver uma variedade de abordagens, incluindo medicamentos específicos e até mesmo toxina botulínica, que visam reduzir a frequência e a intensidade das crises.
É fundamental que os pacientes evitem a automedicação, pois o uso excessivo de analgésicos pode levar ao fenômeno do efeito rebote, piorando os sintomas. Além disso, hábitos alimentares e de estilo de vida também desempenham um papel importante, pois certos alimentos e situações de estresse podem desencadear as crises.
Tatiane ressalta que a conscientização sobre a enxaqueca ainda é limitada e frequentemente subestimada. A condição não apenas afeta a qualidade de vida, mas também tem um impacto significativo na produtividade no trabalho, aumentando os custos relacionados à saúde.
Diante disso, é essencial que as pessoas estejam atentas aos sinais precoces da enxaqueca e busquem ajuda médica assim que necessário. Com o tratamento adequado e preventivo, é possível reduzir o impacto dessa condição debilitante e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.